Autor

Jorge Faustino

Data: 20/04/2025

Sem erros relevantes

Arbitragens discretas, globalmente competentes, mas não isentas de erros (idealmente evitáveis, mas incontornavelmente presentes), que felizmente não tiveram impacto na atribuição dos pontos nos principais jogos da nossa Liga. É assim, de forma resumida, a avaliação que fiz do trabalho dos árbitros que dirigiram os jogos dos primeiros classificados, em mais uma jornada decisiva, como todas até ao final da Liga.

Não havendo grandes casos de arbitragem para discutir, as atenções — e o ruído — que se fazem sentir (a preparar queixas para quando algo correr mal dentro de campo nas jornadas finais) dividiram-se entre os erros da passada semana e os amarelos “estratégicos” que os jogadores do Benfica viram na partida contra o Vitória. Sem me alongar muito sobre este segundo tema, porque devem ser os juristas a fazê-lo, apenas refiro que o árbitro fez o que tinha a fazer: Di María e Florentino tiveram comportamentos que justificaram as respetivas advertências. Se o fizeram de propósito para ver um cartão amarelo (parece-me que sim) e se isso justifica um castigo maior (há jurisprudência nesse sentido e os nossos regulamentos, não sendo taxativos, abrem porta a tal situação), cabe ao Conselho de Disciplina avaliar e decidir.

Seja como for, quero romanticamente acreditar que a ética, dentro e fora do campo, vai reger o comportamento de jogadores e estruturas dos clubes numa fase tão crucial da época. Que a tal nova geração de líderes mostre que sabe como perder e como ganhar.

Fonte: Record