A defesa dos interesses dos associados no âmbito do exercício da atividade como árbitro é um dos objetos sociais da APAF. É neste contexto que se insere o apoio jurídico prestado pela nossa instituição em matérias tão distintas como as do foro fiscal, desportivo ou criminal.

Relativamente a esta última temos vindo a registar, com agrado, que o nossos serviços jurídicos têm contribuído para uma mudança de mentalidades. Neste momento são cada vez mais os árbitros que têm tido a coragem para apresentar queixas em tribunal sempre que o seu bom nome é posto em causa de forma leviana devido a uma decisão ou um desempenho como árbitro.

Por outro lado, os magistrados estão a revelar uma sensibilidade maior para este tipo de situações, inconcebíveis numa sociedade que se deve pautar pelo respeito e pela sã convivência. Sempre que possível procuramos fazer acordo para este tipo de situações. É nosso desejo ter uma justiça célere. Basta reconhecer que o ser humano é, simultaneamente, falível e virtuoso. Falível para, num momento de irracionalidade, partir para a ofensa gratuita numa qualquer rede social e virtuoso porque tem a capacidade de perdoar.

Vem isto a propósito de um processo que estava a decorrer num tribunal português. Um adepto tinha insultado um árbitro nas redes sociais. Sentindo-se agredido este último apresentou queixa. Entretanto as duas partes chegaram a acordo tendo o réu que pedir desculpas pelo seu ato na mesma rede social onde tinha ofendido o árbitro, sob pena de este tornar público o acordo estabelecido. O adepto soube honrar a sua palavra, tendo procedido à respetiva publicação na sua página pessoal… por alguns segundos! Como é maravilhoso o ser humano… simultaneamente falível e virtuoso.