David Elleray vai voltar a colaborar com maior proximidade com o Conselho de Arbitragem na formação contínua dos árbitros (videoárbitros) portugueses em 2021. Esta notícia é recebida pelo futebol português da mesma forma que a introdução do VAR no futebol, há 3 anos atrás, foi recebida pelos adeptos: com uma exagerada expectativa relativamente à realidade posterior.
Quando nos preparávamos para a entrada do VAR, os agentes ligados à arbitragem foram alertando para o princípio da “mínima interferência, máximo benefício”. O entusiasmo com que os restantes agentes do futebol (adeptos à cabeça) receberam esta novidade fez, no entanto, com que não valorizassem o importante detalhe da “mínima interferência”, criando falsas expectativas de que aquele novo elemento da equipa da arbitragem, sentado à frente dos monitores, ia passar a arbitrar os jogos e que os erros iriam desaparecer. Assim não era suposto e assim não aconteceu. A frustração, que advém da criação de expectativas, foi e tem sido, por isso, grande.
Para evitar futuras frustrações, importa recordar que David Elleray, o tal “pai” do VAR, tem sido, e no contexto atual ainda o vou compreendendo, um dos fundamentalistas da tal “mínima intervenção”. A manter a sua linha de pensamento preparemo-nos, então, para menos VAR. Será?