As duas últimas jornadas, possivelmente decisivas para a definição do campeão, tiveram nos jogos dos candidatos, arbitragens quase sem mácula. Os árbitros estão a ser uma das equipas que, nesta fase pós-paragem, se está a apresentar, globalmente, em melhor nível.
Naturalmente que têm acontecido erros. E vão acontecer mais. Faz parte. Para além de possíveis erros, haverá lances, ditos cinzentos, que vão dividir opiniões.
Aconteceu um desses no Rio Ave – Braga: aos 90+1 minutos de jogo, Rolando desviou a bola, que seguia para a sua baliza, com a parte superior do braço… ou com a parte inferior do ombro… A diferença entre estas duas “definições” é o que distingue se o penálti foi bem ou mal sancionado. Não pretendo aqui entrar nessa avaliação.
Quero, no entanto, abordar algo que podia ter sido feito de forma diferente nesse lance. O protocolo VAR define que apenas em erros claros e óbvios deve existir intervenção no sentido de “convidar” o árbitro a ir ao monitor. Este lance nunca seria um erro claro, mas há uma exceção que permite ao árbitro, em lances cruciais para a definição do vencedor do jogo e que ocorram nos momentos finais deste, como era o caso, poder (dever, acrescento eu) ir ao monitor ver as imagens do lance para, dessa forma, melhor “vender” a sua decisão. Este lance, que será sempre cinzento, merecia essa ida ao monitor.