O meu filho tem 6 anos. Idolatra o Ronaldo, o Messi, o Mbappé e o Vinicius Junior. Viu-os a jogar no mundial do Qatar, mas “conhece-os” principalmente dos jogos de computador e dos vídeos do Youtube.
Também idolatra o Pepe, o Gonçalo Ramos e o Coates, entre outros jogadores dos ditos três grandes. Isto, porque sempre que vejo jogos em casa, ele insiste estar ao meu lado. Umas vezes escolhe uma equipa para apoiar outras escolhe outra, vibra com os golos e vai fazendo perguntas. Perguntas curiosas e inocentes como é expectável que uma criança de 6 anos seja. Eu vou tentando responder.
Mas como é que eu lhe explico aquilo que aconteceu no final do Benfica – Braga (jornada anterior), no Sporting – Marítimo e no Porto – Casa Pia desta jornada? É suposto os jogos acabarem assim? É este o futebol que queremos? Isto é futebol?
O meu filho tem 6 anos e eu começo a não querer que ele veja futebol português. Não sei se o leitor se identifica com isto ou não, mas eu não quero mesmo que o meu filho considere normal ou sequer aceitável que treinadores, dirigentes e/ou jogadores se envolvam em conflitos e provocações, ameaças, acusações e até tentativas de agressão em pleno relvado durante ou após um jogo de futebol.
Há momentos, demasiados momentos, em que tenho vergonha do nosso futebol.