“O VAR devia ter chamado para o árbitro ver e poder ter a certeza” é algo que muitos pedem desde que o videoárbitro foi introduzido no futebol. Nunca esteve previsto ser assim. Mas… já estivemos mais longe.
O “erro claro e óbvio”, que ainda se mantêm no protocolo, tem este ano em Portugal uma abordagem onde “se o VAR tem opinião contrária à do árbitro e tem uma imagem que suporte essa opinião, pode/deve chamar”. Quer isto dizer que, mesmo em lances com algum grau de subjetividade (intensidade de cargas, interpretação de mão na bola ou bola na mão, etc) pode o VAR chamar se acreditar que com determinada imagem consegue mostrar ao árbitro que a sua decisão inicial não é a mais correta.
Usando um exemplo… no Farense – Sporting foi assinalado um penálti por mão na bola (volumetria não natural). No anterior contexto o VAR não iria intervir porque apenas existiria erro claro e óbvio se a bola não tivesse sequer batido no braço. A partir do momento em que realmente bateu, passou a ser um lance de interpretação (do árbitro) sobre se esse braço estava ou não numa posição natural ou se o ressalto anterior poderia ser considerado numa leitura de bola inesperada. Nesta nova abordagem ou critério de intervenção o VAR pode chamar. Pelas imagens que foram mostradas ao árbitro, terá sido sua opinião de que o ressalto na coxa do atacante (bola inesperada) era suficiente para “anular” a leitura de infração por mão devido a volumetria não natural.
Era um lance com algum grau de subjetividade, as imagens foram mostradas ao árbitro e este decidiu não alterar.
Com esta nova linha de intervenção, vamos ter mais situações destes. E atenção… foram “vocês” que pediram este alargar dos critérios de intervenção VAR.