Escrever estas linhas na manhã de Natal, envolvido pelo espírito único destes dias, leva-me a olhar para o futebol com um distanciamento ainda maior do que o habitual. Em tempos como este, os penáltis, os cartões vermelhos e as decisões de arbitragem – por mais controversos que sejam – perdem o peso habitual. Afinal, como tão bem afirmou Arrigo Sacchi, “o futebol é apenas a coisa mais importante das coisas menos importantes da vida”.
Hoje, deixo de lado os erros e os acertos que marcaram a última jornada, e uso este espaço para algo mais essencial. Desejo a todos os leitores do Record dias repletos de momentos que verdadeiramente importam: saúde, família, paz e sorrisos. Porque, no fundo, são essas as “vitórias” que nos permitem continuar a viver o futebol com paixão, mas sem nos esquecermos do que realmente conta.
Que 2025 nos traga um desporto mais justo, ético e pacífico, tanto dentro como fora das quatro linhas. Que as rivalidades fiquem apenas no campo, que a competição seja limpa e que os valores humanos estejam sempre acima de qualquer resultado.
E que, entre abraços sinceros e risos espontâneos, possamos continuar a achar que o futebol é gigante. Porque ele é, sim, uma paixão avassaladora, mas jamais maior do que a vida que acontece ao nosso redor.
Uma palavra final para aqueles que, por alguma razão normalmente motivada pela perda de alguém, não conseguem ter o seu coração aberto à alegria desta época. Que consigam voltar a sorrir, no Natal e em todos os momentos.