A nossa liga é pouco atrativa, em parte, devido aos árbitros apitarem demasiado, aos treinadores utilizarem estratégias pouco éticas e aos jogadores serem useiros em comportamentos antidesportivos.
Por isso, não foi surpresa a divulgação do recente estudo do Observatório do Futebol, onde é referido que a nossa Liga é a 31.ª no ranking das ligas com mais tempo útil de jogo, num total de 36. E se tivermos como amostra as 6 principais ligas europeias, na análise do “Top 30” dos jogos com mais faltas assinaladas, 19 foram na nossa.
Este cenário desanimador deveria convocar todos os envolvidos para uma reflexão que permitisse chegar a soluções para tornar o nosso futebol mais sério, mais competitivo e mais atrativo. E a Liga Portugal, ciente da necessidade de transformação da nossa indústria do futebol, procurou juntar, recentemente, a FPF, o Conselho de Arbitragem, os treinadores da Liga Bwin, e a APAF.
Porém, ninguém dos órgãos federativos se fez representar, o que se lamenta e suscita a seguinte questão: será que para a FPF e para o Conselho de Arbitragem este tema não é fundamental ou preferem continuar a fingir-se de mortos?
A matéria em apreço é fulcral para nos aproximar das melhores ligas europeias, mas isso apenas será uma realidade quando as referidas instâncias esquecerem as suas quintas e os seus ódios de estimação e, corajosamente, se dispuserem a convergir para um ambiente de partilha de desafios e de revolução de mentalidades, onde o futebol nacional terá, finalmente, condições para evoluir.
Sejam úteis, porque já se faz tempo!