Autor

Marco Ferreira

Data: 03/03/2021

“Mestres” sem validade

O clássico da última jornada não mexeu na classificação das equipas que o disputaram nem alterou o habitual discurso de ‘perseguição’ muito utilizado em relação às equipas de arbitragem.

A vitimização chegou ao extremo quando se reclama do tempo de compensação atribuído pelo árbitro num jogo importante para a disputa do título e no qual a distância pontual é significativa. É uma realidade que o tempo adicionado foi curto, atendendo ao número de substituições efetuadas, mas destacar esse facto em detrimento dos erros individuais dos jogadores é não assumir responsabilidades pessoais e coletivas do desempenho.

É ridículo os treinadores falarem de arbitragem quando as ‘regras’ que defendem é dar indicações para os jogadores caírem nas áreas, gritarem quando são ligeiramente tocados, rebolarem no relvado como se estivessem em perigo de vida, etc.

Mais grave é incentivar à raiva, à falta de fair play e de respeito pelos adversários numa clara falta de valores morais e éticos no Desporto. Estamos perante alguns “analfabetos” de 4° nível em relação às leis de jogo mas criticam e tentam pressionar tudo e todos sem pudor como se fossem “mestres” na arte. A estratégia de criticar os árbitros sempre que não ganham é o melhor caminho para não assumir responsabilidade nos insucessos.

Fonte: Record