«A selva do futebol na ala» é o título de uma reportagem do jornal Marca, onde antigos árbitros assistentes relatam histórias incríveis de um mundo à parte que se vive nas laterais do campo e junto aos bancos de suplente. Um dos entrevistados foi Rafa Guerrero, que durante duas décadas foi auxiliar em mais de 300 jogos da Liga espanhola.

«Luis Fernández [n.d.r. francês que treinou Athletic Bilbao, Espanhol e Bétis] era uma figura. Divertia-me com ele quando me fazia o passe de toureiro. Outros, como Javier Clemente, eram insuportáveis. Era daqueles que te deixavam as orelhas a ferver», começou por recordar o ex-árbitro, agora com 58 anos.

Dos jogos com o Real Madrid recordou o português Luís Figo e o brasileiro Roberto Carlos: «Com Figo era impossível, queixava-se de tudo. A Roberto Carlos dizia-lhe para me avisar quando começasse a correr porque não o conseguia acompanhar.»

Já Carlos Puyol, antigo capitão do Barcelona, é recordado como um jogador «exemplar», ainda que o maior elogio foi para um internacional espanhol que fez toda a carreira no Athletic Bilbao: «Devia haver um Julen Guerrero em todas as equipas.»