A possibilidade de fazer cinco substituições chegou com a pandemia, mas parece ter vindo para ficar. A decisão final será sempre da liga de cada país, mas as competições internacionais irão utilizar esta opção. Vão também ser introduzidas novas regras relacionadas com mãos na bola, a posição dos guarda-redes nos penáltis ou a utilização de tecnologia semiautónoma para detetar foras de jogo.
As cinco substituições por jogo serão, a partir desta segunda-feira, registadas no livro das regras oficiais. A aplicação da medida, que surgiu como resposta à pandemia, ficará sempre ao critério das ligas de cada país, revela o jornal “Marca”. No entanto, no que diz respeito às competições internacionais, cada clube/seleção poderá efetuar cinco substituições um máximo de três paragens de jogo.
Existe ainda a possibilidade de uma sexta substituição se o regulamento da competição a permitir. A Premier League, por exemplo, tinha regressado às três substituições nas duas últimas épocas, mas anunciou já a adoção da nova regra para a época 2022/23, noticiou a “Eurosport”.
Na agenda do IFAB, órgão arbitral máximo do futebol mundial, estará também em discussão a já noticiada possibilidade de uma substituição extraordinária no caso de algum jogador em campo sofrer uma concussão cerebral.
Outros pontos a serem conversados na reunião incluem o desenvolvimento de uma tecnologia semiautónoma para detetar foras de jogo. O presidente do Comité Arbitral da FIFA, Pierluigi Collina, diz que esta evolução está ainda em fase de testagem: “Estamos a continuar com os testes para atingir o objetivo, que é ter decisões mais certas e mais rápidas em situações de fora de jogo”.
O antigo árbitro avisou: “Alguém lhe chamou ‘robô fora de jogo’, não é. Os árbitros e os auxiliares continuarão a ser responsáveis pela decisão em campo. A tecnologia apenas lhes dá apoio para que tomem decisões mais precisas e rápidas, particularmente quando o lance de fora de jogo é muito difícil de julgar”.
Outra das questões em cima da mesa é a chamada “mão na bola”, ou seja, quando é que o contacto entre a bola e o braço de um jogador deve ser sancionado. Como explica a “Marca”, é uma situação de solução complicada. Escreve o jornal espanhol que, apesar de não fazer oficialmente parte da agenda, a questão será discutida.
Também a marcação de grandes penalidades sofrerá alterações. Era interpretado como válido que o guarda-redes pudesse ter um pé à frente e outra atrás da linha, o que, na realidade, era uma infração. Reforçou-se que no momento da execução, o homem das luvas pode ter um pé adiantado, sendo que o outro pode estar ou sobre a linha ou atrás desta (dentro da baliza).