Existem histórias de inspiração para todos os gostos. Da Polónia chega-nos uma bem curiosa, por sinal. Já ouviu falar de Szymon Marciniak? É um dos melhores árbitros da atualidade e está nomeado para a receção do Real Madrid ao Chelsea, a contar para a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões (terça-feira, 20 horas). Marciniak tem 41 anos e nasceu bem no centro da Polónia, mais concretamente em Plock, que tem pouco mais de 100 mil habitantes.
Imagine-se o quão famoso é por aquelas bandas, ele que é constantemente nomeado para confrontos europeus – ainda recentemente arbitrou o duelo entre Áustria e País de Gales, referente ao playoff de acesso ao Campeonato do Mundo. Mas não pretendemos recuar muito às suas origens, queremos apenas contar-lhe, de forma clara e objetiva, como Marciniak decidiu envergar por esta profissão.
Provavelmente não sabe (nem desconfia) que os papéis deste juiz já estiveram invertidos. Marciniak foi jogador de futebol do modesto Wisla Plock, um clube da sua cidade natal. E foi precisamente durante um jogo de futebol que começou a organizar as ideias. E porquê? Porque foi… expulso.
“Não concordei com a decisão do árbitro e disse-lhe com palavras irreproduzíveis… Disse-lhe que era um dos piores árbitros que já tinha visto na minha vida. Ele respondeu: ‘Tudo bem. Se acha que é um trabalho fácil, então tente fazê-lo”, explicou Marciniak, que… aceitou o repto.
Depois desse episódio, o polaco começou a preparação para ser árbitro apenas duas semanas depois de ver aquele cartão vermelho que mudou para sempre a sua vida. Chegou a juntar os papéis de jogador e árbitro em simultâneo, mas quando subiu de categoria dedicou-se em exclusivo à arbitragem. E não se tem dado nada mal, diga-se de passagem.
Marciniak é internacional desde 2011 e já arbitrou 33 jogos da Liga dos Campeões. Mas mais interessante que isto é mantém uma relação de amizade… com o árbitro que o expulsou. Precisamente. Deve estar-lhe grato, com toda a certeza.