Profissionalização dos árbitros ainda sem consensos


Para a APAF, a profissionalização deveria ser "o mais rápido possível", mas tendo em conta certas situações, enquanto Alexandre Mestre assegura que o governo só decidirá quando houver consenso

O presidente da Associação Portuguesa dos Árbitros de Futebol (APAF), Gustavo Sousa, mostrou-se favorável à profissionalização dos árbitros "o mais rápido possível", considerando necessário encontrar o regime "ideal" para o seu enquadramento.

O dirigente, que participou na apresentação e discussão do relatório do grupo de trabalho sobre profissionalização dos árbitros, esta quarta-feira, em Coimbra, referiu existirem situações que não se adaptam ao profissionalismo.

"Há árbitros que não lhes interessa estar num regime profissional a 100 por cento, porque se atingem os 30 anos sem saber se vão chegar a árbitros internacionais ou à primeira categoria, não vão perder outras profissões", explicou Gustavo Sousa.

O secretário de Estado do Desporto, que presidiu à sessão, afirmou  que o Governo só irá avançar com legislação sobre a profissionalização dos árbitros quando houver consensos entre o movimento associativo nos aspetos
fundamentais.

"Apenas existe consenso que deve haver lugar à profissionalização da arbitragem, mas não existe consenso se deve ser o Estado a fazê-lo ou se deve ser o movimento associativo, se deve ser já ou daqui a alguns anos, qual a natureza dessa relação, se deve ser um contrato de trabalho ou um contrato de prestação de serviços", disse Alexandre Mestre.
Fonte: RTP