Segunda jornada da Liga NOS e os árbitros continuam, globalmente, a fazer boas arbitragens. Com alguns erros, sim, mas sabemos que fazem parte do futebol.
O que não faz parte do futebol, ou não deveria fazer, são as campanhas de pressão e suspeição que tantas vezes são lançadas pelos departamentos de comunicação dos clubes. Em duas jornadas já tivemos, pelo menos, dois desses tristes episódios.
O SC Braga, na primeira jornada e após derrota com FC Porto, veio lançar o alerta, não sobre um possível erro num penálti assinalado contra si, mas sim lançar a dúvida sobre se o mesmo lance lhe fosse favorável se seria sancionado.
O Sporting nesta jornada, e num jogo em que o seu primeiro golo resultou de um pontapé de penálti que a critica foi unânime em considerar ter sido mal assinalado, veio criticar a arbitragem e os critérios disciplinares argumentando/avisando que os seus jogadores viram muitos amarelos comparativamente com os jogadores de Benfica e Porto que até teriam cometido muito mais faltas nos respetivos jogos.
Com estas comunicações (oficiais), estes dois clubes, não se focando em erros de arbitragem (isso até poderia ser legítimo) fizeram algo muito grave: começaram, como medida de “propaganda preventiva”, a lançar suspeitas sobre a isenção das arbitragens. Discretamente grave… E, por isso, muito grave!