Foi no Farense – Rio Ave que aconteceu o erro de arbitragem mais mediático desta jornada.
Um erro que fez com que todos tenhamos a noção do quanto estamos já habituados à presença do VAR e do quão pouco estamos disponíveis para aceitar uma precipitação humana (do árbitro em campo) que impeça uma intervenção do VAR.
Ryan Gauld (Farense) surgiu isolado frente ao guarda-redes Kieszek (Rio Ave) conseguindo desviar, de forma legal, a bola para a baliza. Existiu depois um choque entre os dois jogadores, ficando o guarda-redes com maiores queixas. O árbitro apitou a assinalar falta atacante com a bola ainda dentro do campo a poucos centímetros de entrar na baliza.
As imagens televisivas mostraram que não houve falta atacante e que a existir infração de alguém seria do guarda-redes que, chegando atrasado à disputa de bola, apenas acertou no atacante. O árbitro errou ao assinalar falta atacante (erro que todos aceitamos com mais ou menos dificuldade) mas, mais importante ou mais grave, errou também ao apitar de imediato quando a bola estava a centímetros de entrar na baliza. Uma precipitação que fez com que o VAR não pudesse intervir, sugerindo a correção da decisão inicial e a validação do golo.
Já estamos tão formatados para que o VAR possa intervir em erros claros e óbvios que quando um árbitro faz aquilo que fez toda a vida – apitar de imediato uma falta quando a vê – já não aceitamos e exigimos que saiba esperar para que depois o VAR o possa ajudar/corrigir.