Colaborar com a comunicação social permite-me ter uma voz pública para dar visibilidade aos momentos, bons e maus, do nosso desporto, mesmo que fora da arbitragem.
Ser embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED) reforça a minha responsabilidade de amplificar os atos de ética e fair play que vejo no nosso futebol.
Nesta jornada, no Porto – Estoril, assistimos a um desses momentos: Pepê, isolado, percebeu que o adversário Pedro Amaral se tinha lesionado ao vencer, inicialmente, o lance. Sem hesitar, o jogador do Porto parou a jogada, sentindo que não fazia sentido marcar golo naquele contexto. “Se fosse comigo…” bastou para, com humildade, explicar aquilo que fez.
O árbitro David Silva não pôde exibir o Cartão Branco | Fair Play pois nas competições profissionais, bem como Taça de Portugal, não é permitido fazê-lo ao contrário das restantes competições da FPF. Um dia será.
Para já, este gesto do Pepê mereceu que vários embaixadores do PNED, eu incluído, lhe exibissem o Cartão Branco à distância. Sei que responsáveis do PNED, da Liga e da FPF estão motivados para reconhecer e amplificar este exemplo de ética e fair play.
Também, na minha qualidade de membro do International Fair Play Committee, já dei conhecimento formal a esta entidade do pequeno grande momento que se viveu no Estádio do Dragão.
Tudo isto porque ainda precisamos exaltar estes comportamentos raros.
Quem sabe, um dia, serão a normalidade.