Depois do Carlos Xistra, Venâncio Tomé e Jorge Cruz terem terminado as suas carreiras na penúltima jornada da Liga, este fim de semana foi a vez do árbitro Jorge Sousa e do assistente Luís Godinho se despedirem da “arbitragem ativa” (dentro de campo). Se a estes juntarmos o assistente Paulo Ramos, já há algum tempo parado mas que também agora termina formalmente a sua carreira, percebemos que o conselho de arbitragem “perde”, para a próxima época, o equivalente a duas equipas de arbitragem muito experientes e com as quais tem contado para os jogos mais importantes das nossa liga. Vão fazer falta.
Curioso foi observar os discursos tão diferentes (mas tão iguais) de Carlos Xistra e de Jorge Sousa no final dos seus jogos. Diferentes pela mensagem que decidiram passar e pela carga emocional que nela puseram. O Carlos e o Jorge são pessoas diferentes. E, por isso, foram árbitros diferentes um do outro.
Clubes e adeptos exigem muitas vezes que todos os árbitros sejam iguais. Não são. Os jogadores, as equipas e os jogos não são todos iguais. Não faz sentido que os árbitros o sejam. O Carlos e o Jorge só foram iguais na paixão pela arbitragem. A eles e a todos os outros que acabaram agora a sua carreira, desde os internacionais aos árbitros do distrital, parabéns pelo percurso e obrigado pela vossa entrega a esta causa.