Autor

Jorge Faustino

Data: 07/01/2025

Névoa da indiferença e boas arbitragens

É inevitável falar da recorrência com que os jogos são interrompidos ou adiados por causa do nevoeiro no estádio do Nacional da Madeira. Até agora, não o tenho feito, mas sinto que devo juntar a minha voz às tantas outras que consideram inaceitável que episódios como o que aconteceu este fim de semana, no Nacional – Porto, continuem a repetir-se sem que se perceba que o clube e a Liga dão qualquer sinal de pretenderem alterar alguma coisa. É verdade que o Nacional tem o direito de jogar no seu estádio. Porém, se não quer abdicar desse direito, então que a Liga pense noutros horários ou noutra solução qualquer. Num futebol profissionalizado ao extremo (com exceção dos árbitros), é inadmissível que quem é responsável pela principal competição em Portugal arrisque a integridade dos atletas (devido ao excesso de viagens, cansaço, etc.) e custos elevados (viagens dos plantéis, equipas de produção, etc.), demitindo-se, aparentemente, de tentar mudar alguma coisa. Isto não pode continuar.

O que queremos que continue são as boas arbitragens. Em dois jogos exigentes, equilibrados e de alto risco, como o Vitória – Sporting e o Benfica – Braga, tivemos arbitragens competentes, discretas e com personalidade, conduzidas por dois dos nossos melhores árbitros da atualidade: João Gonçalves e Luís Godinho. Para continuar!

Fonte: Record