Uma carreira de 31 anos na arbitragem, mais de 500 jogos no futebol profissional, 1 taça de Portugal, 1 Supertaça, vários clássicos e derbies, o primeiro árbitro a chegar aos 49 a apitar no mais alto escalão e várias vezes top 3 na classificação dos árbitros são alguns dados que poderiam servir para falar um pouco sobre o Nuno Almeida, árbitro algarvio, que este fim de semana terminou a sua carreira como árbitro no ativo.
São números que confirmam que o Nuno foi mesmo um “árbitro internacional sem insígnias: expressão que entre árbitros usamos para catalogar aqueles colegas que, não tendo atingido o patamar de internacional, foram demonstrando ao longo da sua carreira competência e reconhecimento ao nível (ou superior) de colegas internacionais. Basta olhar para os jogos que o Conselho de Arbitragem foi entregando ao Nuno nos último anos para perceber que até este órgão o via como um dos seus mais valiosos e confiáveis ativos.
Mas o Nuno é mais do que um árbitro de excepção. É uma das pessoas mais puras que conheci na arbitragem e no futebol. Por o admirar tanto, tenho que lhe dedicar de forma direta e pública algumas palavra: Nuno, parabéns pelo percurso que fizeste, pelo respeito que conquistaste entre todos os agentes do futebol. O teu pai estará seguramente muito orgulhoso do filho árbitro mas também, e principalmente, do filho homem. Que continues apaixonado pela arbitragem e, sejam quais forem as futuras funções, que te continues a entregar com o mesmo sucesso e que continues a poder dizer que estás feliz.
Vídeo: Jorge Faustino sobre Nuno Almeida no programa Titulares na Sporttv