A arbitragem está debaixo de fogo e é importante, para o presente e futuro do nosso futebol, que alguém a defenda. Esse alguém tem de ser a própria estrutura e órgãos da arbitragem: APAF nuns assuntos e Conselho de Arbitragem noutros.E que não se confunda a expressão “defender a arbitragem” com “defender os erros dos árbitros”. São coisas diferentes.
Têm acontecido alguns erros graves de árbitros e de videoárbitros. É inegável. Mas, no meio do ruído provocado por estes erros, muitos clubes têm aproveitado para contestar e atacar arbitragens e decisões que até foram corretas. Se a estrutura de arbitragem ficar sempre em silêncio e deixar que todo o “barulho” seja percebido e consumido pelos adeptos da mesma forma, estão a reunir-se as condições para que coisas graves venham a acontecer.
Os árbitros têm de ser protegidos. As decisões sobre os lances mais marcantes têm de ser esclarecidas. Não digo justificadas! Esclarecer é explicar, à luz da lei e das instruções dadas aos árbitros, as razões pelas quais determinados lances foram bem ou mal decididos. E é preciso fazê-lo sem medos e de forma estruturada. “Apontar” o erro a um árbitro hoje, é proteger e valorizar as suas boas decisões (que são a maior parte) no futuro.