Autor

Jorge Faustino

Data: 06/12/2023

As versões do VAR

Jornada interessante em que tivemos de tudo no que à “videoarbitragem” diz respeito.

Eustáquio (FC Porto) intercetou um remate à baliza usando o braço/cotovelo de forma ilegal: penálti que o árbitro não viu e que, por ser situação clara e óbvia, justificava intervenção VAR que, erradamente, não aconteceu.

No mesmo jogo, Evanilson (Porto) pisou zona do tendão de Aquiles de Gustavo Sá (Famalicão) em lance na fronteira entre o amarelo e o vermelho. O árbitro errou ao não atuar disciplinarmente mas o VAR esteve bem ao não intervir por não ser um lance claro e óbvio para vermelho.

Também em lance discutível de amarelo versus vermelho, por falta de Marcelo (Moreirense) sobre Kokçu (Benfica), o árbitro exibiu amarelo. Discordando da decisão do árbitro aceito a não intervenção do VAR considerando que há margem de discussão/interpretação nesta infração.

No Sporting – Gil Vicente aconteceu o lance mais discutido da jornada. Intervenção VAR após Gyokeres ter obtido golo em lance de contato com o defesa. O árbitro não viu qualquer infração atacante em jogo e depois de ver as imagens manteve a sua opinião inicial. Concordo com o árbitro e discordo da intervenção VAR, mas trago este lance à conversa por ter achado muito interessantes as declarações de jogador e treinador do Famalicão: ambos referiram a ideia de que “se o VAR chamou é porque é para alterar a decisão”. Verdade. A ideia de que “o VAR devia ter chamado o árbitro para que este pudesse ver as imagens afim de ter a certeza da decisão que quer tomar” é erradamente muitas vezes amplificada pelos agentes desportivos. Umas vezes interessa uma versão. Outras vezes não.

Fonte: Record