O empate entre o Portsmouth e o Cheltenham, em Fratton Park, a contar para a League One inglesa, ficou marcado por um pormenor singular. Um dos auxiliares do árbitro lesionou-se ainda na primeira parte e foi substituído pelo quarto árbitro que acabou também por lesionar-se no início do segundo tempo. A solução para o jogo prosseguir veio da bancada.
Foi ainda na primeira parte que o jogo foi, pela primeira vez, interrompido. O auxiliar torceu um tornozelo, deu indicações ao árbitro que não estava em condições de continuar e, como mandam os regulamentos, foi rendido pelo quarto árbitro.
No entanto, já na segunda parte, aos 55 minutos, o quarto árbitro, adaptado a auxiliar, também lesionou-se, ao que tudo indica, também no tornozelo.
O jogo voltou a parar, os representantes das duas equipas reuniram-se com o árbitro para discutir a inusitada situação. A solução, para o jogo prosseguir, foi perguntar nos altifalantes do estádio se havia algum adepto habilitado a assumir a função de fiscal de linha. Os adeptos reagiram com humor e foram centenas os que levantaram as mãos, dispostos a saltar para o relvado. A certa altura chegou a colocar-se em causa a existência de condições para o jogo prosseguir e os jogadores do Cheltenham chegaram mesmo a recolher aos balneários.
A verdade é, ao fim de vinte minutos, acabou por surgir um adepto com os requisitos necessários que foi rapidamente conduzido, sob aplausos do público, por um steward, até à equipa de arbitragem. Após uma curta conversa, o referido adepto calçou umas botas, pegou na bandeirola e lá foi ele para a lateral.
Depois de mais uma ovação dos adeptos, o jogo lá recomeçou. A partida tinha sido interrompida sem golos e terminou mesmo sem golos, sem que tenha havido registo de qualquer decisão controversa do auxiliar improvisado.