
Largos meses de pressão convenceram-no a regressar à actividade, numa altura em que o modelo de representação da classe conhecerá alterações. Conciliador no que respeita ao sector que em breve deverá vir a representar novamente - as eleições poderão ter lugar em Fevereiro -, não coloca de parte a possibilidade de Paulo Paraty vir a desempenhar funções em qualquer das novas estruturas. "Não sei a que se deveu o recuo", ressalva Luís Guilherme, que diz haver ainda "muito tempo para encontrar soluções para o futuro da APAF", sem riscar qualquer nome do projecto: "Todos não somos demais para ajudar a APAF. Haverá um conjunto de alterações, com a publicação do novo regime jurídico das federações. Não somos demais para ajudar nessa longa caminhada e não estamos em condições de rejeitar todos os contributos para ajudar a arbitragem."
Paulo Paraty ficou sozinho
Paulo Paraty não explicou publicamente as razões que o fizeram recuar na pretensão de se candidatar à presidência da APAF, que ficaram tão desconhecidas para os ex-companheiros dos relvados como as que o levaram a avançar. Há muito que a sucessão de António Sérgio mobiliza os juízes, designadamente, os internacionais. Paulo Paraty pertencia a esse grupo, quando se iniciou o movimento para fazer regressar Luís Guilherme e também ele apoiava essa opção. Foi uma surpresa para todos quando, recentemente, O JOGO noticiou a intenção de avançar para a liderança da APAF, confirmada por Paraty, que se disse desafiado para essa empreitada precisamente pelos juízes internacionais. Posteriormente, num encontro destes com Luís Guilherme, o ex-internacional portuense adiantou-se ao convite que ia ser feito e anunciou aos ex-companheiros a decisão de se candidatar. Questionado sobre as razões dessa opção, limitou-se a afirmar ter mudado de estratégia e nada acrescentou, quando lhe foi recordado que a estratégia há muito fora delineada, com o acordo de todos. Paraty mudou e ficou sozinho nesse novo rumo, uma vez que os demais não o acompanharam.