Ataque do Libertad, alguma atrapalhação na defensiva local e um remate que bate na trave. A bola sobe de forma mais ou menos perpendicular ao travessão e...bate nuns ramos de umas árvores situadas mesmo atrás da baliza.
Quando cai, o defesa Marcelo Escobar do San Lorenzo não pensa duas vezes. Agarra a bola, pensando ser pontapé de baliza. O árbitro Juan Mancuello não pensa da mesma forma. Vê a mão óbvia e assinala grande penalidade.
Para perceber quem tem razão neste lance falámos com Pedro Henriques, ex-árbitro de futebol, que explica que a marcação do penalty é um erro.
«Há duas possibilidades. Se os ramos estão fora do campo, o árbitro tinha de assinalar pontapé de baliza, porque a bola, efetivamente, passou a linha de golo. Se os ramos estão em linha com a trave ou mesmo se vêm para dentro do campo, é considerado um elemento estranho ao jogo. Aí a solução é marcar bola ao solo, em cima da linha de pequena área, porque não pode ser dentro dela», explica Pedro Henriques ao nosso jornal.
Ainda assim, o antigo árbitro diz que não se pode falar de erro técnico do árbitro sem conhecer as motivações do mesmo. «Ele pode não ter visto a bola bater nos ramos e considerar que ela nunca saiu. Como vê o jogador com a bola na mão marca o penalty. Seria uma má interpretação, apenas», continua.
O jogo viria a terminar com uma vitória de 5-2 para o Libertad e muitos protestos por parte do San Lorenzo. Ainda assim, não há muito a fazer. «Como é um erro de interpretação, o jogo não pode ser repetido», conta Pedro Henriques.
O melhor mesmo é podar as árvores e evitar outros dissabores.
Fonte: Mais Futebol