“Um mundo sujo, político e falso.” Eis o que Jonas Eriksson, antigo árbitro, tem a dizer sobre a arbitragem na UEFA

Jonas Eriksson publicou esta semana nas redes sociais um longo texto do qual se destaca a frase “mundo sujo, político e falso” em referência à forma como são escolhidos os árbitros nas fases finais de competições como o Euro 2020. O sueco, antigo árbitro internacional, alega que “amizade, corrupção, lealdade ou nacionalidade” desempenham um papel fulcral no momento de escolher o árbitro que vai dirigir determinado jogo das fases finais dos torneios mais importantes.

O agora comentador de arbitragem da televisão sueca recordou o seu último jogo num Campeonato da Europa, precisamente o que opôs Portugal e País de Gales, nas meias finais do Euro 2016. Na mensagem, publicada pelo jornal “Record”, Eriksson admite alguma mágoa por não ter sido escolhido para a final desse torneio, entre Portugal e França, que fez da nossa seleção campeã da Europa.

Referindo-se à forma como são selecionados os árbitros para jogos decisivos, o sueco não tem papas na língua: “A verdade é que se trata de um mundo obscuro. (…) No futebol, fala-se sempre de ‘fair play’ e respeito, que as regras devem ser as mesmas para todos. Mas quando a questão é a arbitragem, isso acontece à porta fechada, com agendas políticas e em que o menos importante é o futebol”.

Jonas Eriksson, falando concretamente dos árbitros do Euro 2020, afirma com convicção que “o melhor não estará na decisão”, ou seja, na final de Wembley. “Neste caso, o melhor árbitro do torneio, aquele que não cometeu um erro sequer, foi mandado para casa,” disse o sueco que, aos microfones da SVT, já tinha considerado o turco Cuneyt Cakir o melhor juiz do Euro.

Em jeito de conclusão, Eriksson afirma-se “muito feliz por ter deixado de arbitrar há três anos”.

Fonte: Expresso