
O presidente
da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP),
Vítor Pereira, fez esta segunda-feira um balanço «francamente positivo» do desempenho do sector na época
2010/2011.
«O balanço da arbitragem desta época
foi francamente positivo. Do ponto de vista pontual, a media final foi de 3,60.
Comparado com a época anterior, de 3,59, foi uma centésima superior»,
informou.
A satisfação
do dirigente não tem tanto a ver com a quase imperceptível subida da média, mas
com o facto de o grupo de árbitros ter sido consideravelmente rejuvenescido.
«Devemos considerar que tivemos
cinco jovens árbitros e perdemos árbitros com grande experiência, como Lucílio
Baptista e Pedro Henriques. Os jovens estiveram à altura das expectativas.
Fizeram um grande esforço para se ajustar a esta competição, à nova realidade.
Estamos muito satisfeitos com o desempenho dos árbitros ao longo desta época»,
vincou.
Além da
capacidade técnica, Vítor Pereira elogiou a competência física dos juízes,
revelando que «as médias finais de todos os 77 árbitros foram superiores a 95
por cento», com desempenhos «bem acima das exigências da UEFA e da FIFA».
O facto de
Jorge Jesus, treinador do Benfica, ter reconhecido a superioridade do FC Porto
esta época, à semelhança do que Jesualdo Ferreira tinha feito na época anterior
em relação aos “encarnados”, foi o exemplo citado por Vítor Pereira para
reforçar a sua satisfação.
O dirigente
lembrou que os árbitros são humanos e que, por isso mesmo, é impossível
eliminar o erro, mas defende que o sector está a evoluir nos últimos anos e que
«com trabalho e um novo modelo é
possível melhorar».
Vítor
Pereira insistiu na profissionalização da arbitragem, um processo que continua
sem aplicação prática, mas que quer ver uma realidade ainda no seu mandato.
«A competição precisa muito disso
para ter qualidade superior. As dificuldades? Primeiro passam pelo ponto de
vista jurídico, pois é necessário regulamentar a profissão. E depois pela vontade
politico-desportiva para se avançar para esse passo», disse.
O presidente
da CA da Liga considerou ainda que o «impasse
estatutário» em relação ao futebol – «andamos há muito tempo à espera do novo enquadramento jurídico»
– tem travado o processo, mas revelou a convicção de que «quando se avançar para a nova
ordem, já consentânea com o regime jurídico das federações, essa situação será
resolvida a contendo de todos».
O projecto
piloto que decorreu na época passada durante quatro meses com vários árbitros,«monotorizado por uma entidade
independente e seguido pelas instâncias internacionais», apresentou
um resultado «taxativo da sua importância e
urgência na sua implementação».
«Queremos colocar os árbitros lusos
em paridade com os internacionais que em muitos países da Europa têm esse
modelo de trabalho e treino», concluiu.
Portugal
foi o segundo país mais escolhido para a Champions
Para a nova temporada, Vítor Pereira traça como objectivo conseguir levar uma equipa de arbitragem ao Euro 2012 e ainda deixa uma interrogação: «Por que não uma final europeia?»
«Nos jogos da Champions, Portugal ficou em segundo çlugar no ranking europeu, com 11 nomeações. Só a Alemanha, com 14, teve mais jogos que Portugal. Tivemos uns quartos-de-final e umas meias-finais da Liga dos Campeões, as meias-finais do Euro sub-17 e um nível geral de pontuações muito boas. Isto significa que os árbitros têm qualidade e se têm qualidade no estrangeiro também têm em Portugal», frisou.
Para a nova temporada, Vítor Pereira traça como objectivo conseguir levar uma equipa de arbitragem ao Euro 2012 e ainda deixa uma interrogação: «Por que não uma final europeia?»
«Nos jogos da Champions, Portugal ficou em segundo çlugar no ranking europeu, com 11 nomeações. Só a Alemanha, com 14, teve mais jogos que Portugal. Tivemos uns quartos-de-final e umas meias-finais da Liga dos Campeões, as meias-finais do Euro sub-17 e um nível geral de pontuações muito boas. Isto significa que os árbitros têm qualidade e se têm qualidade no estrangeiro também têm em Portugal», frisou.
«Todos devem estar gratos a Elmano Santos»
Vítor Pereira confessou ainda, que, pessoalmente, preferia que os árbitros de baliza fossem «mais interventivos» e elogiou a lei inglesa que impede os treinadores de, bem ou mal, se pronunciarem sobre arbitragens no fim do jogo, embora saliente que é um aspecto que está a mudar em Portugal. «Temos sentido, ano após ano, melhorias neste campo», resumiu, frisando ainda, que os jogos negativos são, sempre, a excepção.
«É natural que, em 300 jogos, juntando os campeonatos e a Taça da Liga, haja seis ou sete que sejam maus. Estamos a falar de um por cento. Mas também é natural que a natureza humana se foque mais no erro», admitiu.
Por fim, o líder máximo da arbitragem em Portugal debruçou-se sobre o final de carreira de Elmano Santos, consumada nesta última jornada da Liga de Honra.
«Uma carreira de 25 anos, quando é levada com seriedade, empenho e determinação deve merecer o respeito de todos e acho que todos devem estar gratos ao Elmano Santos por ter dedicado 25 anos da sua vida à arbitragem», considerou.
Vítor Pereira confessou ainda, que, pessoalmente, preferia que os árbitros de baliza fossem «mais interventivos» e elogiou a lei inglesa que impede os treinadores de, bem ou mal, se pronunciarem sobre arbitragens no fim do jogo, embora saliente que é um aspecto que está a mudar em Portugal. «Temos sentido, ano após ano, melhorias neste campo», resumiu, frisando ainda, que os jogos negativos são, sempre, a excepção.
«É natural que, em 300 jogos, juntando os campeonatos e a Taça da Liga, haja seis ou sete que sejam maus. Estamos a falar de um por cento. Mas também é natural que a natureza humana se foque mais no erro», admitiu.
Por fim, o líder máximo da arbitragem em Portugal debruçou-se sobre o final de carreira de Elmano Santos, consumada nesta última jornada da Liga de Honra.
«Uma carreira de 25 anos, quando é levada com seriedade, empenho e determinação deve merecer o respeito de todos e acho que todos devem estar gratos ao Elmano Santos por ter dedicado 25 anos da sua vida à arbitragem», considerou.
Fotos no
balneário do árbitro: «Situação irrepetível»
Vítor Pereira
abordou o caso das fotografias, passado em Braga, no intervalo do encontro
entre a formação local e o U. Leiria, à margem da conferência de imprensa de
balanço da temporada 2010/11 no que diz respeito às arbitragens.
Recorde-se que Bruno Paixão, o árbitro que dirigia o encontro, entregou na Liga fotografias que lhe teriam sido entregues no balneário, no intervalo do referido encontro, e que ilustravam erros cometidos durante os primeiros 45 minutos do encontro.
«Esse é um caso que está em processo disciplinar e em fase de averiguação», começou por dizer Vítor Pereira. Mais tarde frisou que se trata de «uma situação circunstancial e irrepetível».
O dirigente falou, depois, de forma genérica sobre o comportamento dos árbitros no intervalo dos encontros, recomendando que não se façam avaliações da actuação na primeira parte.
«O que nós aconselhamos é que o intervalo não sirva para fazer a análise da primeira parte, mas para descansar e preparar o segundo tempo. Há momentos posteriores ao jogo que servem para fazer todo o tipo de análises. É desaconselhável que os árbitros reflictam sobre o que aconteceu na primeira parte. Se acabarem por saber que cometeram erros, isso pode afectar o seu rendimento», opinou.
Recorde-se que Bruno Paixão, o árbitro que dirigia o encontro, entregou na Liga fotografias que lhe teriam sido entregues no balneário, no intervalo do referido encontro, e que ilustravam erros cometidos durante os primeiros 45 minutos do encontro.
«Esse é um caso que está em processo disciplinar e em fase de averiguação», começou por dizer Vítor Pereira. Mais tarde frisou que se trata de «uma situação circunstancial e irrepetível».
O dirigente falou, depois, de forma genérica sobre o comportamento dos árbitros no intervalo dos encontros, recomendando que não se façam avaliações da actuação na primeira parte.
«O que nós aconselhamos é que o intervalo não sirva para fazer a análise da primeira parte, mas para descansar e preparar o segundo tempo. Há momentos posteriores ao jogo que servem para fazer todo o tipo de análises. É desaconselhável que os árbitros reflictam sobre o que aconteceu na primeira parte. Se acabarem por saber que cometeram erros, isso pode afectar o seu rendimento», opinou.
Fonte: Mais Futebol /RTP /Sapo Desporto /Record /A Bola