Devido as distintas
pressões do meio ambiente e dos diversos processos internos (motivação, stress
etc..) aos quais está submetido o ser humano é que, às vezes, a capacidade de
percepção se vê influenciada. A análise de uma mesma situação, às vezes, não é
idêntica. Observamos variabilidade e postulamos estabilidade, e sentimos
desestruturação (caos) e sintetizamos estrutura e sentido. Esse sistema de
codificação nos permite aprender a conhecer o universo que nos rodeia, mas essa
percepção tem suas falhas (Rusch e Zimbardo).
Exemplo denominado na
psicologia como percepção subjetiva que, expressado de outra forma, assim
figura: o mundo físico e o mundo percebido não coincidem, não concordam entre
si.
Erros de percepção
Como exemplo mais
claro temos os denominados transformações ou enganos óticos. Por exemplo,
quando vemos as vias férreas unidas no horizonte. Muller-Lyer nos apresenta uma
série de figuras que induzem ao erro ótico.
Aparentemente
a linha (a) é menor que a (b), no entanto, elas são absolutamente iguais. Use
uma régua se tiver dúvida.
São famosos os jarros
de Rubinstein
O apreciador pode
apreciar um jarro branco sobre um fundo negro ou dois perfis de figuras em
negro sobre um fundo branco. Os exemplos acima evidenciam a importância das
cargas emocionais, frente as tomadas de decisões.
Definições
Percepção: Entrada na
consciência de uma impressão sensorial, chegada previamente dos
centros nervosos. As impressões sensoriais não são vivenciadas em forma
separada, mas sim como um todo.
Percepção subjetiva:
Influência exercida sobre a percepção pelos fatores sociomotivacionais.
Motivação: Processos
impulsores e orientadores que resultam em determinantes para a eleição e para a
intensidade da utilização das tendências da conduta.
Utilizando a metáfora
do exemplo de Myller-Lyer, vemos que o árbitro inseguro votaria
inconscientemente a favor do conjunto que lhe dá mais proteção, mais segurança.
Isto significa, em futebol, que dita votação representa a equipe local.
Estatísticas demonstram que o local leva a vantagem de poder cometer mais
faltas que seu rival, com o lógico benefício tático que isto representa. Os
árbitros que apresentam este comportamento são denominados, na linguagem
popular, como “localistas” ou “caseiros”. A solução para este problema é a
conscientização dos árbitros, através de uma formação psicológica, para que não
cometam o erro de deixar-se levar, de influenciar-se pelas emoções e simpatias
para o “local”.