Por ser necessário licenciar, instalar e testar a tecnologia de baliza, a Liga inglesa pretende avançar com esse processo a breve prazo, para que na temporada seguinte todos os estádios do principal escalão tenham o equipamento.
Curiosamente, os três lances mais polémicos da história do futebol, no que à linha de baliza diz respeito, envolvem a seleção inglesa. O golo de Geoff Hurst à Alemanha, no Mundial de 1966, ainda hoje é debatido. Quarenta e quatro anos depois, frente ao mesmo adversário, Frank Lampard acertou na barra e a bola bateu no solo já depois da linha de baliza, mas o golo não foi validado. Dois anos depois foi a Inglaterra a beneficiar de um erro do árbitro, que não viu que um remate de Devic foi interceptado por John Terry já dentro da baliza. A Ucrânia, co-organizadora do Euro2012, foi eliminada.
Michel Platini, presidente da UEFA, continua a manifestar-se contra a introdução de tecnologia de baliza, mas Joseph Blatter é um defensor dessa inovação. Nestes últimos anos a FIFA já tem testado vários equipamentos, e nesta altura aparecem duas propostas: o «goalref», que consiste em ter um «chip» na bola, que informa o árbitro sempre que esta passa a linha de baliza; e o «olho de falcão», que controla a baliza através de seis câmaras , sendo que também neste caso o árbitro é logo informado, através de um relógio de pulso.
Uma das desvantagens do «olho de falcão» é a possibilidade de ter jogadores a tapar o ângulo das câmaras, mas por outro lado é uma tecnologia que permitiria logo ter as imagens como prova, à disposição dos telespectadores. O «goalref» não oferece essa possibilidade, mas em contrapartida é mais barato.
Não está descartada a possibilidade do futebol inglês adotar ambas as tecnologias: o «olho de falcão» para os dois principais escalões, e o «goalref» para as divisões inferiores, onde a capacidade financeira é claramente inferior.
Fonte: Mais Futebol