Mario Balotelli já deixou o aviso. Vários, até. Se alguém lhe atirar uma banana na rua, irá cometer um assassinato. Se ouvir insultos racistas durante um jogo do Euro 2012, o avançado italiano abandona o campo. Michel Platini, presidente da UEFA, não quer jogadores a abandonar as partidas a meio. A decisão de interromper um jogo, diz o antigo internacional francês, tem de ser sempre do árbitro. “Se um árbitro mandar parar um jogo, terá todo o nosso apoio. Não são os jogadores que dirigem os jogos. O árbitro tem instruções para parar o jogo se houver problemas”, argumentou nesta quarta-feira o francês em Varsóvia.
Eventuais manifestações de racismo nos estádios polacos e ucranianos durante a competição têm sido bastante discutidas nos últimos dias. Uma reportagem da BBC incluída no programa “Panorama” com o título “Estádios de Ódio” foi exibida na última semana e mostra grupos de extrema-direita em acção durante jogos de futebol nos dois países, para além de incluir o depoimento de um antigo internacional inglês, Sol Campbell, a apelar aos britânicos para ficarem em casa a ver os jogos pela televisão. Alguns familiares de dois jogadores negros da selecção inglesa, Theo Walcott e Alex Oxlade-Chamberlain, já anunciaram que não irão ao Euro.
“Não vi esse programa. Se considerarmos o mundo em geral e a Europa em particular, há cada vez mais nacionalismo e é demasiado fácil apontar o dedo à Polónia e à Ucrânia. Não posso prever o comportamento de 60 ou 70 mil pessoas num estádio e não haverá mais racismo nestes países do que em França ou na Inglaterra. O racismo é um problema global”, declarou o líder da UEFA.
Piara Powar, director-executivo do “Football Against Racism in Europe”, disse, na mesma conferência de imprensa, que uma selecção, inclusive, pode ser expulsa da competição devido a manifestações extremistas nos estádios: “O sistema da UEFA é: três ofensas e estás fora. Às duas primeiras aplicam-se multas, depois é o jogo à porta fechada. Se o sistema for levado até ao fim, uma equipa pode ser excluida da prova.”
Mas o racismo não é a única questão na ordem do dia neste Euro 2012. No início da conferência de imprensa, Platini disse mesmo que já esperava que os assuntos não estivessem relacionados com o futebol. “Pois bem, já sei qual é a música dos jornalistas. Hoje vamos falar de Ioulia Timochenko, do programa da BBC e dos resultados combinados. A partir de sexta-feira é que vamos falar de árbitros, treinadores e jogadores”, afirmou o francês.
Sobre Timochenko, a líder da oposição na Ucrânia que está presa em Lviv, Platini fez poucos comentários. “Eles é que sabem. A UEFA não é uma organização política. Nós organizamos competições e promovemos o desenvolvimento do futebol no mundo”, limitou-se a dizer o francês. Sobre o novo caso de apostas ilegais que voltou a ensombrar o futebol italiano, Platini reforçou que haverá “tolerância zero” para os jogadores envolvidos. “Os que forem apanhados não voltarão a jogar futebol”, garantiu.
Platini reconheceu ainda alguns problemas na organização do torneio, mas elogiou polacos e ucranianos pelo esforço que fizeram na preparação do evento: “Ao nível de infra-estruturas e vias de comunicação, Ucrânia e Polónia deram um salto de 30 anos e vão deixar uma enorme herança. Estou satisfeito, mesmo que nem tudo seja perfeito. Eles empenharam-se e quero dar-lhes os parabéns em nome do futebol. Penso que este Euro 2012 vai ser um sucesso.”
“Não vi esse programa. Se considerarmos o mundo em geral e a Europa em particular, há cada vez mais nacionalismo e é demasiado fácil apontar o dedo à Polónia e à Ucrânia. Não posso prever o comportamento de 60 ou 70 mil pessoas num estádio e não haverá mais racismo nestes países do que em França ou na Inglaterra. O racismo é um problema global”, declarou o líder da UEFA.
Piara Powar, director-executivo do “Football Against Racism in Europe”, disse, na mesma conferência de imprensa, que uma selecção, inclusive, pode ser expulsa da competição devido a manifestações extremistas nos estádios: “O sistema da UEFA é: três ofensas e estás fora. Às duas primeiras aplicam-se multas, depois é o jogo à porta fechada. Se o sistema for levado até ao fim, uma equipa pode ser excluida da prova.”
Mas o racismo não é a única questão na ordem do dia neste Euro 2012. No início da conferência de imprensa, Platini disse mesmo que já esperava que os assuntos não estivessem relacionados com o futebol. “Pois bem, já sei qual é a música dos jornalistas. Hoje vamos falar de Ioulia Timochenko, do programa da BBC e dos resultados combinados. A partir de sexta-feira é que vamos falar de árbitros, treinadores e jogadores”, afirmou o francês.
Sobre Timochenko, a líder da oposição na Ucrânia que está presa em Lviv, Platini fez poucos comentários. “Eles é que sabem. A UEFA não é uma organização política. Nós organizamos competições e promovemos o desenvolvimento do futebol no mundo”, limitou-se a dizer o francês. Sobre o novo caso de apostas ilegais que voltou a ensombrar o futebol italiano, Platini reforçou que haverá “tolerância zero” para os jogadores envolvidos. “Os que forem apanhados não voltarão a jogar futebol”, garantiu.
Platini reconheceu ainda alguns problemas na organização do torneio, mas elogiou polacos e ucranianos pelo esforço que fizeram na preparação do evento: “Ao nível de infra-estruturas e vias de comunicação, Ucrânia e Polónia deram um salto de 30 anos e vão deixar uma enorme herança. Estou satisfeito, mesmo que nem tudo seja perfeito. Eles empenharam-se e quero dar-lhes os parabéns em nome do futebol. Penso que este Euro 2012 vai ser um sucesso.”
Fonte: Público