O local das faltas é importante para a análise das infrações nomeadamente quando elas ocorrem nos limites das áreas. A regra base é que conta o início da ação para determinar o respetivo local da infração, sendo que a lei apenas tem uma exceção, que é quando um jogador é agarrado fora da área e entra dentro da mesma agarrado e só depois é que cai, neste caso não conta para efeitos de punição o início da ação mas o local onde termina.
A lei 12 faltas e incorreções, na página 118, fala sobre as diversas nuances que existem no que diz respeito a "agarrar um adversário", dizendo entre outras coisas o seguinte: se um defensor começa a agarrar um atacante fora da área de grande penalidade e prossegue a sua ação para o interior da área, o árbitro deve conceder um pontapé de grande penalidade. Foi neste contexto que se enquadrou a grande penalidade cometida por Igor Rossi sobre Ghilas e que foi corretamente assinalada pelo árbitro Manuel Mota.
Os temas abordados, em matéria de arbitragem, na reunião onde estiveram alguns dos clubes do futebol profissional, foram os seguintes: o sorteio puro dos árbitros, as classificações públicas, a profissionalização em "full time" e o recurso às novas tecnologias e imagens televisivas. O lado positivo está no facto de haver uma nítida preocupação em contribuir para uma melhor arbitragem, naturalmente com mais competência, menos erros e mais transparência. O lado negativo é que alguns dos conteúdos e ideias propostas revelam o desconhecimento da forma de funcionamento das instituições internacionais que regem o futebol mundial e, por outro lado, um total desajustamento à realidade e funcionamento do sector da arbitragem propriamente dita. Louve-se a iniciativa, mas convém que os temas propostos tragam efetivamente contributos práticos para a evolução do sector e não sejam só um conjunto de propostas não exequíveis e sem qualquer aplicação prática e descontextualizada da realidade.
Fonte: O Jogo