No jogo Benfica – Portimonense foram assinalados três penáltis. Dois deles logo bem decididos pelo árbitro e um terceiro que acabou por ter a decisão correta após ser revertido (anulado) com a ajuda do VAR. Um lance que, tendo terminado com uma boa decisão, não deixa de implicar um erro inicial.

No Marítimo – Sporting, jogo exigente e com vários lances de difícil avaliação (5 lances de penálti versus não penálti), ficou, na minha opinião, por sancionar um penálti que, considerando a evolução do resultado e o desfecho do jogo, poderia ter tido impacto relevante no resultado.

Dois erros, um factual (não houve mão/braço na bola no penálti que foi assinalado e depois revertido favorável ao Benfica) e outro de interpretação (é aceitável a discussão sobre se a carga que antecedeu a queda de Porro na área do Marítimo foi suficiente para ter essa consequência) que terão penalizado as notas dos árbitros, as suas nomeações e, consequentemente, a sua classificação.

Os árbitros sabem, mais do que ninguém, o peso que uma decisão pode ter. Num jogo de futebol o árbitro toma dezenas ou centenas de decisões (uma não decisão também é uma decisão) e errar uma delas pode manchar aquilo que seria um trabalho de excelência. É uma realidade dura, mas incontornável.