A procura pelo “Respeito” no futebol é, talvez, a luta mais consensual entre os diversos agentes. FIFA, confederações, federações, jogadores, treinadores, árbitros e até adeptos clamam por respeito pela modalidade e pela sua função.

O grande desafio desta busca? A capacidade de respeitarmos e de nos darmos ao respeito ao mesmo nível que exigimos que este exista para connosco. Sim, refiro-me aos acontecimentos no jogo Estoril – Porto e ao posterior pedido de respeito que os jogadores do Porto vieram fazer através de post nas redes sociais. Apesar de, possivelmente, alguns atletas terem apenas feito copy/paste sem sequer ler ou, pelo menos, ter em atenção que era necessário assinarem com o seu nome, a mensagem que veicularam foi forte. Foi de revolta e de exigência por respeito pelo seu trabalho. É justo. Não me parece é fazer muito sentido ter vindo de quem veio tendo em conta o comportamento desrespeitoso que tiveram em vários momentos do jogo. E não me refiro apenas ao desrespeito para com o árbitro (inadmissível não ter atuado disciplinarmente) mas também, e por consequência, o desrespeito pelo seu próprio clube, pelos seus adeptos, pela liga e pelo nosso futebol.

Sem me alongar mais, mas não posso deixar de referir que me entristece ver profissionais que admiro arrastarem-se para este nível. Vocês valem mais do isso. Respeitem-se.