Esta jornada tivemos dois lances que, sendo diferentes (como todos são), tiveram alguns pontos em comum sobre os quais me quero aqui debruçar.
No Famalicão – Benfica, existiu um toque de Roderick no pé de Cervi que, ato contínuo, atirou a sua perna contra as pernas do defesa na procura de forçar um contato, atirando-se depois para o chão. No Sporting – Santa Clara foi Mamadu que terá tocado no pé de Plata que, tal como Cervi, “atirou” a outra perna da direção do defesa no sentido de forçar um contato antes de se deixar cair.
Pontos em comum: em ambos os casos parece ter existido um toque do defesa no pé dos “atacantes”; esse contacto parece não ter tido qualquer impacto na movimentação destes; em ambos, o “atacante” parece ter sentido o toque e procurado forçar outro contato de forma a vender a ideia de que foi rasteirado; em ambos os casos a queda pareceu acontecer não em consequência de toque do defesa mas do “mergulho” do atacante.
A vezes que usei o verbo “parecer” no parágrafo anterior foi propositada e reflete alto grau de subjetividade e interpretação os respetivos lances. Se há lances que não são preto nem branco, estes foram dois exemplos. E quando assim é, os árbitros merecem o benefício da dúvida. Não concorda? (questão apenas colocada aos que conseguirem analisar lances despidos de cor clubística).