Vai ser assim até final do campeonato. Refiro-me ao ruído em torno das arbitragens e à guerrilha comunicacional dos clubes. E, desengane-se caro leitor, o maior ou menor acerto das arbitragens nada influencia o estado das coisas. Claro que alguns erros que têm acontecido, facilitam o trabalho aos que querem (ou precisam) usar a arbitragem como bode expiatório dos seus insucessos. Mas, se não houver erros, aqueles que precisam criar distrações para questões e problemas mais reais dos seus clubes, vão criar narrativas e estratégias comunicacionais em cima do habitual elo mais fraco: os árbitros.

Dito isto, importa referir que temos tido decisões de arbitragem que, com melhor interpretação do árbitro de campo ou um melhor desempenho do papel de VAR, poderiam minimizar ou quase esvaziar as possibilidades de contestação.

Di Maria devia ter sido expulso no derby. Num jogo onde foram tomadas muitas decisões acertadas em vários lances difíceis. Mais do que isso, num jogo de nervos, Artur Soares Dias conseguiu manter minimamente controlado o ambiente dentro de campo. Falhou na não expulsão, mas não por falta de coragem. Podemos apontar-lhe muitos defeitos, mas esse, não. Não terá tido a noção da gravidade do incidente. E o VAR, talvez também não. Erraram. Não queremos que aconteça, mas acontece.
Decisão acertada e, aqui sim, corajosa, teve Fábio Veríssimo ao expulsar Pepe. Olhando para a situação, a expulsão era uma inevitabilidade. Tal como a de Francisco Conceição a passada semana. Mas essa não aconteceu. Acreditem, os árbitros vão aprendendo com os erros.