Jornada com dois jogos a envolver os quatro primeiros classificados da Liga. Jogos de alto risco, alta intensidade e alta pressão sobre as equipas de arbitragem com responsabilidade de os dirigir.

João Pinheiro e Nuno Almeida confirmaram que são dois dos árbitros em melhor forma do “plantel” ao dispor do Conselho de Arbitragem. Decidiram bem quase todos os lances dos respetivos jogos e, com a sua experiência e autoridade natural, souberam gerir o ambiente dentro de campo em jogos onde as emoções estavam à flor da pele.

Os leitores mais atentos estarão a questionar-se como posso eu estar a elogiar e qualidade e competência destes dois árbitros quando em ambos os jogos avaliei negativamente o seu trabalho (nota 2). Explico: é que em ambos os jogos, e independentemente das muitas boas decisões em lances difíceis, foi cometido um erro disciplinar que teria impacto evidente no jogo. Otamendi deveria ter sido expulso quando o Benfica estava a perder… e acabou por conseguir dar a volta ao resultado. St. Juste deveria ter sido expulso quando o Sporting perdia por dois golos de diferença… e o jogo acabou empatado.

Os árbitros sabem que, por muitas boas decisões que tomem, um erro apenas pode estragar todo o bom trabalho de um jogo. No espaço que tenho para avaliar o trabalho global da equipa de arbitragem em cada jogo, tenho de ser assertivo e frio na análise que faço e aplicar esse mesmo princípio. Posso, no entanto, usar este espaço de opinião para afirmar que, apesar desses erros (até o Collina os cometeu), o João e o Nuno são mesmo árbitros de excelência. Nuno, ficas até aos 50?