A
próxima reunião geral anual do Board, que tem se mostrado extremamente
conservador, acontece de 4 à 6 de março próximo, no hotel Celtic Manor
Resort, perto de Newport, País de Gales, e promete ser histórica,
segundo Jonathan Ford, presidente-executivo da Associação do País de
Gales, porque estará em discussão a implementação da tecnologia para
auxiliar a arbitragem a minimizar a sequência de equívocos grotescos,
principalmente os protagonizados pelos árbitros e assistentes na última
Copa do Mundo na África do Sul.
Além
do chip na bola, cujos testes ainda não são conclusivos, há outras
nove tecnologias que foram testadas e de acordo com informações de
Zurique, onde está situada a sede da Fifa, aquela que comprovar 100% de
eficácia deverá obter autorização para em caráter experimental, ser
utilizada nas futuras competições da entidade, quem sabe na Copa das
Confederações de 2013 no Brasil e, se o experimento, atingir o objetivo
nos lances polêmicos, deverá ocorrer a sua implantação na Copa do
Mundo de 2014 no Brasil.
Não
obstante o chip na bola, o ponto eletrônico, lembrei-me de outras
tecnologias que poderiam ser discutidas nesta reunião para ajudar os
árbitros como o ocorrido recentemente no Mundial de Atletismo, quando a
jamaicana Verônica Campbell, cruzou a linha de chegada a 3 milésimos de
segundos antes da americana Lauryn Willians e a decisão definitiva
ocorreu após análise de uma foto de instante final.
Ou
a tecnologia usada no automobilismo, onde são utilizados sensores do
diâmetro de um maço de cigarros, que emitem sinais que são captados por
antenas instaladas no piso ao longo da pista, e determinam quem será o
pole-position de um Grande Prêmio, como na Turquia, quando Felipe Massa
fez uma volta mais rápida que o inglês Lewis Hamilton em 44 segundos de
milésimos. E, por último, o sistema desenvolvido pelo matemático Paul
Hawkins, um dos inventores do "Hawk-Eye" (Olho de Falcão), sistema
eletrônico usado no tênis, críquete e sinuca para tirar dúvidas sobre a
legalidade de uma jogada. A utilização mais conhecida é no circuito da
Associação dos Tenistas Profissionais, onde o dispositivo comprova se a
bola foi rebatida para dentro ou fora da quadra.
A
tecnologia, se usada de forma ordenada, poderá ser de grande valia para
a arbitragem, mas acredito que pela complexidade e paixão que o futebol
provoca em bilhões de pessoas em todo o mundo, não irá equacionar
todos os equívocos que a arbitragem vier a cometer.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com
Escrito em Português do Brasil