Um estudo
apresentado pelo professor Werner Helsen da Universidade de Louvre (Bélgica),
membro do Painel de Observadores da União Européia de Futebol (Uefa) e
preparador físico dos árbitros da Fifa recentemente, apontou que os árbitros de
futebol realizam durante as partidas internacionais, em média, 1412 mudanças de
atividade durante o jogo, o que significa uma mudança de ação a cada quatro
segundos. No mesmo estudo, ficou constatado que o árbitro percorre uma distância
que oscila entre 10 e 13 km durante o jogo e se desloca de costas algo próximo
de um quilômetro.
O
avanço de preparação física dos atletas de futebol em todo o planeta acendeu o
sinal amarelo para a arbitragem, e foi esse avanço que fez com que a Fifa
alterasse radicalmente os testes físicos para os homens de preto a partir de
fevereiro de 2007, eliminando o famoso teste de “Cooper”. O professor Helsen
citou como exemplo a final da Copa das Confederações de 2005, apitada pelo
ex-árbitro eslovaco Lubos Michel, que naquela partida realizou 125 piques de
alta intensidade com perfeita colocação nos 94 minutos de duração da partida, em
função da sua excelente condição física que teve como ponto principal a
magnífica preparação a que o indigitado árbitro foi submetido na federação do
seu país. O professor da Universidade de Louvre, afirma ainda que, os jogadores
quando estão cansados, são substituídos, já o árbitro tem que ter a capacidade
de suportar o jogo até o apito final e não pode ser substituído a não ser se
ocorrer algum contratempo.
PS: A análise que
se faz do brilhante estudo do professor Helsen, talvez pela sua abrangência,
represente um fato compulsório de que o árbitro de futebol terá que aceitar, ou
resignar-se em relação a “tese”, sob pena de uma decadência imediata. Segundo se
pode deduzir, o nominado mestre considera a preparação física do árbitro, tão
relevante quanto o conhecimento sobre as regras do jogo, já que ambas devem
viver associadas. O que deixando de acontecer tira o árbitro da cena do
jogo.
Sabe-se que dificilmente um árbitro, por si, vai se
submeter ao preparo físico que lhe é exigido, o que leva a colocar em evidência,
outra vez, a necessidade de criar-se um Instituto Universal para Árbitros, cuja
identificação está acima das associações, sindicatos e outras entidades
hierárquicas que existem. Releva acentuar-se diante do estudo em tela de se
profissionalizar em caráter emergencial a atividade do árbitro de futebol, como
determinou há dias atrás o presidente Joseph Blatter, sob pena de as arbitragens
continuarem apresentando as deficiências que apresentaram sobretudo no último
Mundial na África do Sul. Estamos alertando de há muito esse fato, como uma
consequência pessoal. O futuro vai nos dar razão!
Valdir
Bicudo-bicudoapito@hotmail.com