Conselho de Arbitragem valida decisão de Luís Godinho: golo de Coates bem anulado

Após o empate de Jhonata Robert de livre direto a um minuto do final, a bola voltou ao centro do campo e Rúben Amorim fez sinal para Coates para avançado para a zona ofensiva, naquele que seria um 4x2x3 para fechar um jogo onde estava reduzido a dez após a expulsão de Pedro Gonçalves e tinha ainda pouco tempo para se colocar de novo em vantagem. O pontapé de saída foi longo, o uruguaio saltou na área, cabeceou para o 3-2, fez a festa com todos os suplentes a entrarem em campo, Luís Godinho recebeu indicação do VAR de uma possível irregularidade.

Por ser um lance em cima do minuto 90 e por poder decidir o jogo, o árbitro da Associação de Futebol de Évora foi ao ecrã no relvado, analisou a jogada e interpretou o toque do braço esquerdo do capitão leonino no guarda-redes do Famalicão como falta, invalidando assim o golo que poderia ter dado o triunfo ao Sporting e, de seguida, dando ordem de expulsão a Rúben Amorim pelos protestos na área técnica verde e branca.

“Anularam-nos um golo limpo, no final. Já vi o lance e não consigo ver falta. Faz parte mas é difícil compreender esta decisão”, considerou João Mário, na zona de entrevistas rápidas. “Ainda não vi a repetição do lance mas, no campo, para mim, não houve falta”, disse também Rúben Amorim, na conferência de imprensa. “De novo o árbitro Luís Godinho [n.d.r. árbitro do Sporting-FC Porto da terceira jornada], voltámos a ter um árbitro no VAR que não é o mesmo mas voltou a ter influência num momento capital. Faço de novo a mesma questão, que vou ter a mesma resposta: este lance final de anular o golo ao Coates, com um dos rivais, Benfica ou FC Porto, nunca seria anulado. Nunca! Num jogo de futebol existem erros normais, um ou outro, o que me preocupa é a natureza e a forma como é visto o VAR, nos dois jogos em que perdemos pontos”, começou por dizer Frederico Varandas.

“Este lance do golo do Coates é limpo, é um golo limpo. Depois o que acontece? Vamos utilizar o VAR e vamos tentar encontrar alguma coisa que justifique poder anular o golo. Foi preciso pôr uma câmara microscópica, com uma ampliação de 64 vezes e vamos ver a intenção, do toque do braço e é preciso anular o golo. Volto a dizer: jamais seria anulado com os nossos rivais, jamais! Lamento mas enquanto presidente do Sporting custa muito ver quatro pontos retirados por uma utilização má do VAR. Não estou a falar dos lances discutíveis, isto é uma má utilização do VAR e foi isso que aconteceu”, acrescentou o líder leonino numa “zona mista”, admitindo que já falou com o presidente do Conselho de Arbitragem que tem uma opinião semelhante à sua em relação ao VAR, “que tem de ser utilizado para os lances gritantes, clamorosos”. “Neste, o árbitro valida e é limpo”, acrescentou.

No entanto, e apesar de todas as críticas, o Record avançou com informação de fonte do Conselho de Arbitragem considera que todos os intervenientes da equipa de arbitragem estiveram bem na análise do lance, do VAR Artur Soares Dias por alertar o árbitro principal para uma possível infração de Coates e Luís Godinho por ter ido confirmar no ecrã no relvado as dúvidas que o lance levantava e ter considerado falta de Coates sobre o guarda-redes Luiz Júnior, invalidando assim o golo já em período de descontos. O Observador confirmou essa informação. Miguel Braga, diretor de comunicação do Sporting, reagiu no Twitter também a essas notícias.

Fonte: Observador