Seguindo indicações da UEFA, o Conselho de Arbitragem deu instruções aos árbitros para impedir que os jogadores atacantes “criem táticas desleais”, ao beneficiarem da posição de fora de jogo para pressionarem um defensor. No esclarecimento feito recentemente aos árbitros, o CA deu as indicações sobre o facto de os jogadores atacantes beneficiarem da posição de fora-de-jogo para roubarem a bola a um defensor que a jogou deliberadamente. Uma situação que, em determinados casos, será, agora, para punir o fora-de-jogo com pontapé livre indireto.
O CA seguiu a regra definida pela UEFA criada após o caso surgido num Manchester City-Aston Villa em que Rodri, jogador do City, estava em posição de fora de jogo e, logo após Tyrone Mings ter dominado a bola, o espanhol roubou-a. O lance prosseguiu e resultou em golo de Bernardo Silva. Mings, do Aston Villa, afirmou que não sabia que era possível aquele lance não ser fora-de-jogo, mas de acordo com a Lei 11, o árbitro Jonathan Moss validou o golo do internacional português.
Com a instrução agora dada aos árbitros, o Conselho de Arbitragem pretende impedir que a equipa atacante “crie táticas desleais com os jogadores a alhearem-se da bola antes de o defesa a jogar, para o pressionarem imediatamente”. O objetivo é impedir que os atacantes “ganhem uma vantagem injusta da posição de fora de jogo”, podendo pressionar um defesa que teria, nestes casos, um dilema para resolver numa fração de segundo: alhear-se da bola e obrigar o árbitro assistente a assinalar fora-de-jogo do atacante ou dominar a bola e correr o risco de ser pressionado logo a seguir.
A instrução pretende “evitar que o defesa viva este dilema e que tenha, em último caso, de analisar, ele próprio, uma situação de fora-de-jogo – e não é para isso que lá está”, esclareceu o Conselho de Arbitragem.