
O jogo Cagliari-Inter
de Milão, da sétima jornada da Liga italiana de futebol, foi hoje interrompido
durante três minutos, devido aos insultos racistas lançados das bancadas contra
o camaronês Samuel Eto’o.
Durante três minutos,
o juiz conversou com os capitães das duas equipas e pediu ao locutor do estádio
para avisar os espectadores de que os jogadores iriam recolher aos balneários
se os insultos não parassem. A ameaça surtiu efeito, e a partida, interrompida
no minuto três, recomeçou sem mais incidentes nas bancadas do Comunale
Sant’Elia.
Já a resposta do
camaronês não podia ter sido melhor. O avançado acabou por ser decisivo, ao
apontar o golo (39’) que deu a vitória ao Inter e que permitiu aos campeões
italianos igualarem o AC Milan no campeonato, com 14 pontos.
Este tipo de actos
discriminatórios começa a ser algo banal no futebol italiano, que vai
acumulando novas polémicas a cada jornada. Em 2005, o caso do costa-marfinense
Marc Zoro correu meio Mundo. O defesa do Benfica, na altura ao serviço do
Messina, quis abandonar o relvado numa partida frente ao Inter, depois de ser
alvo de cânticos de teor racista. Mario Balotelli, do M. City, é outro jogador
que foi vítima de insultos xenófobos, quando representava o Inter.
Fonte: CM