O Conselho de Arbitragem da FPF e a APAFvão estudar medidas mais concretas para preservar a segurança dos árbitros, não só na viagem entre o hotel e o estádio como também nos dias posteriores à nomeação e à realização do encontro.
A preocupação já não é recente, tendo sido manifestada por várias vezes ao longo dos últimos anos, mas cresceu com as recentes ameaças à filha de Duarte Gomes, o árbitro que dirigiu o Benfica-Sporting realizado a 9 de novembro. Neste caso, tratou-se de um incidente num estabelecimento comercial que poderia ter ganhado contornos mais graves pelo facto de a ex-mulher do árbitro internacional, Inês Simões, ser uma figura pública. As ameaças continuaram na rede social Facebook, o que levou a manequim a encerrar a sua conta.
O presidente da APAF, José Gomes, diz que “é obviamente uma preocupação a segurança dos árbitros, dentro e fora dos estádios, mas também das respetivas famílias”. Atualmente, é facultado aos árbitros o acesso a proteção policial sempre que tal for solicitado, embora sejam raras as ocorrências de maior gravidade. Nos percursos entre os hotéis e os estádios, os árbitros são normalmente acompanhados pelas forças de segurança.
Entre os casos mais recentes, destacam-se os episódios com os internacionais Pedro Proença e Jorge Sousa, além das ameaças às famílias de Duarte Gomes e de Bruno Paixão. A divulgação dos dados pessoais dos árbitros, ocorrida no ano passado, foi outro dos fatores que conduziu a um aumento da preocupação.
Fonte: Record