Jorge Sousa elogiou a organização da final da Taça da Liga e afirmou que são partidas como a que, no sábado, vai dirigir que marcam a carreira de qualquer árbitro. Destacou, também, a própria existência da conferência de imprensa em que fala aos jornalistas, antes do encontro.
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«É com imensa satisfação que eu e os meus colegas estamos cá hoje para representar a arbitragem na mais recente competição em Portugal. Tenho o orgulho e o privilegio de dizer que esta final é notável em termos organizativos. Quero felicitar a Liga por toda esta envolvência fantástica que nos tem proporcionado, ano após ano», começou por dizer.
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O árbitro disse ainda que vai tentar fazer tudo para «provar ter sido merecedor desta nomeação» e falou num dia que não está «habituado a viver». «Da minha parte pergunto: por que não mais vezes esta atmosfera tão agradável?», questionou. Confrontado com o porquê de não se repetir este cenário mais vezes, o juiz lembrou que por vezes «as condições não são as ideais». «Fica ao critério das pessoas decidir se querem ver mais momentos destes», atirou.
Jorge Sousa assegurou, também, que não se apercebeu de qualquer crítica por parte do Gil Vicente. O clube de Barcelos questionou a nomeação, lembrando um jogo com o Desp. Aves, há três anos, em que tiveram três jogadores expulsos e se queixam de terem sido prejudicados.
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«Não me apercebi de nenhum comentário efetuado por nenhum clube. Sinto sim uma atmosfera agradável em torno do jogo. Não é todos os dias que temos o privilegio de estar numa final. São momentos que marcam uma carreira», considera.
«Não sou a pessoa indicada para dar conselhos aos jogadores»
Esta é a segunda final da Taça da Liga que Jorge Sousa vai dirigir, depois de ter estado no Algarve, na temporada 2009/10, como árbitro do Benfica-F.C. Porto, que os encarnados venceram por 3-0.
«Não senti diferenças dessa final para esta», garantiu. Sobre eventuais conselhos aos jogadores para o encontro, Jorge Sousa disse não ser a «pessoa indicada» para o fazer.
O árbitro falou ainda da preparação que faz para o encontro, frisando que dá primazia ao «aspeto psicológico» e quer estar «emocionalmente forte e capaz de ajudar a uma excelente final». O que não preocupa Jorge Sousa são as avaliações feitas através das imagens televisivas.
«Não posso, com dois olhos, tentar sequer ter a ousadia de achar que vou ver tanto como uma transmissão televisiva. Em casa é fácil, de facto. Eu não consigo. Nem sequer perco o meu tempo com isso porque jamais enquanto árbitro e humano poderei ver o que se vê numa transmissão televisiva», concluiu.
Inovação tecnológica em estreia
O encontro terá ainda uma inovação tecnológica, no que diz respeito à equipa de arbitragem. Jorge Sousa vai usar um chip na chuteira para efetuar várias medições, entre as quais os quilómetros percorridos pelos árbitros durante os jogos ou a velocidade atingida.
A tecnologia chama-se «My Coach» e será estreada em Portugal neste encontro.
Fonte: Mais Futebol