Os olhos de toda a Espanha vão estar em Bucareste na noite de quarta-feira, mas não serão os únicos. Quando a final da UEFA Europa League entre o Club Atlético de Madrid e o Athletic Club começar, os cerca de dez mil habitantes de uma pequena cidade na Baviera vão estar também atentos à televisão.
Com efeito, Ergolding é a casa de Wolfgang Stark, o árbitro alemão escolhido para dirigir a partida na Arena Nacional, em Bucareste. "Penso que todas as pessoas da minha pequena cidade vão ver o jogo pela televisão", disse Stark ao UEFA.com na antevisão da "primeira final internacional" da sua carreira.
Stark falou depois da sessão de treino que ele e os seus assistentes fizeram no relvado da National Arena, na véspera desta final espanhola. "O mais importante é o trabalho de equipa", disse, ao falar do orgulho por ter sido escolhido. "
Estou muito orgulhoso por estar aqui mais os meus colegas e por ter sido o escolhido para esta importante final."
Chegaram à capital romena na segunda-feira e a sua preparação não difere muito da de um encontro da Bundesliga, apesar, de como Stark explicou "ser uma final e, por isso, exigir algo mais na sua preparação porque toda a Europa vai estar a ver". Isto inclui estudar vídeos das duas equipas, para além de ter visto os seus encontros nas meias-finais.
Para Stark, árbitro da Bundesliga desde o meio dos anos de 1990, este encontro vem no seguimento da sua primeira final da Taça da Alemanha, na época passada, entre o FC Schalke 04 e o FCR 2001 Duisburg. Será que essa experiência anterior o ajudou? "Talvez tenha ajudado, porque há sempre um ambiente especial numa final. Mas penso que a da Europa League é algo diferente – é internacional."
Um dos árbitros escolhidos para o UEFA EURO 2012, já possui um currículo digno de nota, que inclui três encontros do Mundial 2010 e o torneio olímpico de futebol em 2008. Desde 2001, dirigiu 51 jogos da UEFA Champions League e 18 na UEFA Europa League, incluindo dois na fase a eliminar da edição deste ano.
Bancário de profissão, Stark inspirou-se no seu pai, Rudolf, que também foi árbitro. "Ele chegou a apitar jogos da segunda divisão e foi auxiliar no primeiro escalão na Alemanha." Continua a ser uma importante figura para si. "Ele é uma das pessoas que me aconselha."
Coisa que não muda é aquele sentimento no estômago nos minutos antes do jogo. "Não é nervosismo, é algo dentro de nós e penso que todos os árbitros o têm antes do início do encontro". Esta situação vai acontecer de novo esta quarta-feira, até a entrada em campo à frente das equipas, numa das principais noites da sua carreira – tal como a sua família e amigos que irão, orgulhosos, ver o encontro na Baviera.
Fonte: UEFA