Podem consultar um excerto da
entrevista dada por Fernando Gomes, onde emite a sua opinião sobre as analises já
realizadas por Vítor Pereira .
Acha normal que o Vítor
Pereira, tenha decidido fazer análises periódicas ao trabalho dos árbitros em
público?
Creio que há um equívoco. O senhor Vítor
Pereira - pessoa por quem tenho grande respeito, pela sua seriedade, pelo seu
elevado profissionalismo e pela sua capacidade, hoje unanimemente
reconhecida - não fez nenhuma avaliação de árbitros. Fez foi uma análise
de lances. Não analisou o trabalho do árbitro per se, fez a análise de lances
que ao longo das cinco primeiras jornadas mereciam alguma análise e ponderação.
E fê--lo da forma que delineámos desde a primeira hora no sentido de melhorar a
comunicação entre o sector da arbitragem, os clubes e os adeptos.
Uma coisa absolutamente inédita e que pareceu uma cedência ao poder do Benfica...
Uma coisa absolutamente inédita e que pareceu uma cedência ao poder do Benfica...
Tal como o Vítor Pereira referenciou, não
há cedência nenhuma. E repito: o que fez não foi analisar o trabalho de um
árbitro, foi analisar, do ponto de vista técnico, como responsável da
arbitragem, os lances ocorridos ao longo de cinco jornadas.
Coisa que nunca antes
tinha sido feita.
Na análise que fizemos do passado,
entendemos que certas coisas não estavam bem feitas e eram de corrigir, para
ajustar o nosso comportamento e a nossa forma de ser. Mas deixe-me dizer uma
coisa relativamente a Vítor Pereira, sobre esta atitude de análise dos lances:
todos sabemos que no passado os árbitros estavam sujeitos a uma grande pressão.
Porque não entendemos que esta actuação tira significativamente uma carga de
pressão de cima dos árbitros? Ao assumir de alguma forma a sua defesa, ou
eventualmente confirmar um ou outro erro, a pressão que no passado era feita
sobre os árbitros, com resultados negativos na sua actuação, não estará muito
mais protegida?
Vejo, portanto, que esta
decisão foi consensualizada consigo?
Esta decisão, no início, em termos de
ponderação, foi consensualizada no sentido de termos uma política de
comunicação diferente.
Podem consultar o resto da entrevista aqui
Fonte: DN Desporto