Segundo um comunicado emitido, ao princípio desta madrugada, pela Associação Nacional de Juízes de Basquetebol (ANJB), esta entidade entendeu avançar para a medida de luta extrema – «falta de comparência» dos juízes nos encontros respeitante a campeonato nacionais, pode ler-se – pela falta de soluções da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) para o pagamento de quatro meses de subsídios em atraso.
Desta forma, as meias-finais da Liga estão em risco de não se realizarem ou, no limite, os jogos FC Porto-V. Guimarães e Benfica-Académica, previstos para sexta-feira e domingo, poderão ser dirigidos por juízes que não os nomeados pelo Conselho de Arbitragem da FPB.
Eis o comunicado na íntegra:
«Na sequência dos diversos contactos estabelecidos com a Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) no sentido do regular cumprimento do Protocolo assinado entre as nossas entidades, os quais não obtiveram qualquer resultado, e apesar do entendimento óbvio, por parte da Direcção da Associação Nacional de Juízes de Basquetebol (ANJB), para as dificuldades causadas pela actual crise económica e financeira que o país atravessa, é para nós insustentável que continuem os Juízes a adiantar, e já vão 4 meses, as verbas para as suas deslocações aos recintos de jogo, sabendo ainda que estas não são alteradas há 3 épocas, que os combustíveis têm aumentado todos os dias, assim como mais e mais caras portagens em todo o país.
Vivemos momentos delicados e incomportáveis, que nos obrigam a retirar dos nossos orçamentos familiares as verbas para as deslocações para os recintos de jogo. Por sua vez, a Federação persiste em dilatar os prazos de pagamentos por si anunciados, e mantém-se fechada ao diálogo, não comunicando com os Juízes e ignorando as nossas comunicações.
A Direcção da ANJB, interpretando fielmente a vontade de todos os Juízes Nacionais, em reunião ocorrida durante a Final 8 em Fafe, no passado mês de Março, vê-se assim obrigada a tomar uma medida de impedimento do normal desenrolar dos Campeonatos Nacionais, a partir do dia 26 de Abril de 2011, que consiste na falta de comparência dos Juízes nestas competições.
Alertamos por este meio as autoridades políticas, desportivas e a população em geral, que, não sendo uma atitude que se coadune com a nossa postura sempre séria perante a modalidade, é uma medida prévia e reiteradamente anunciada às instâncias competentes e nunca tida em consideração.
A Direcção
José Cassapo
Presidente da Direcção
Fonte: A Bola