«Actual modelo da arbitragem está esgotado» – Luís Guilherme

Luís Guilherme, presidente da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol), defende que «o actual modelo da arbitragem está esgotado». «Os árbitros não podem dar mais, é impossível», alerta. 

«Não temos dúvida que o actual modelo da arbitragem está esgotado. Os árbitros não podem dar mais do que aquilo que já dão. É impossível. Queremos partir para outro patamar, mas de forma sustentada. Não alinhamos na discussão que com a profissionalização deixa de haver erros dos árbitros. Não discutimos esse assunto a qualquer preço e muito menos à custa dos árbitros», esclarece Luís Guilherme, que esta segunda-feira marcou presença na apresentação do livro de Pedro Gomes, Linha de Cabeceira, em Belém.

O dirigente lamenta que não tenha sido possível constituir «uma lista consensual e independente para o Conselho de Arbitragem (CA)» da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), pese embora o esforço desenvolvido nesse sentido «enquanto associação de classe».

«Não há bom futebol sem boa arbitragem, e contrário também é verdade», argumenta Luís Guilherme, destacando o objectivo de «discutir a profissionalização sem populismos». 

«Quando se discute a profissionalização, é bom que as pessoas percebam que se fala apenas de 25 árbitros, de um universo de 3500», indica, considerando que «o actual modelo da arbitragem está esgotado». 

«Os árbitros não podem dar mais do que aquilo que já dão. É impossível. Queremos partir para outro patamar, mas de forma sustentada. Não alinhamos na discussão que com a profissionalização deixa de haver erros dos árbitros. Não discutimos esse assunto a qualquer preço e muito menos à custa dos árbitros», frisa.

Luís Guilherme prefere não se pronunciar sobre as candidaturas de Carlos Marta e Fernando Gomes à presidência da FPF, na medida em que «há muito tempo para decidir». «A campanha eleitoral só agora vai começar. A APAF tem muito tempo para decidir», refere, rejeitando ter sido alvo de qualquer tipo de pressão: «A única pressão que sinto é a atmosférica. Da nossa parte não existiu qualquer pressão, nem nós iríamos permitir que isso acontecesse».


Fonte: A Bola